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terça-feira, 20 de março de 2012

As missões jesuiticas (1600-1720)


   
       No século XVII, a realização de expedições pelo interior do Brasil aumentou bastante com a crise vivida na economia açucareira. A concorrência do açúcar produzido nas Antilhas e a falta de recursos da própria metrópole, que se encontrava desgastada com o processo de reestruturação política após o fim da União Ibérica, incentivaram a realização de longas viagens à procura de riquezas que pudessem suprir a mazelas.
    As entradas eram incursões custeadas pelo interesse da própria Coroa Portuguesa. De forma geral, os representantes da administração colonial faziam essas viagens em busca de indígenas que seriam convertidos à condição de escravos e na busca de possíveis localidades onde poderia ser encontrada alguma mina. Essas viagens oficiais eram bastante comuns, mas não representaram a grande maioria delas. Boa parte dessas viagens ocorria graças à ação de particulares que organizavam as chamadas bandeiras. A atividade bandeirante tinha como objetivo também recolher os índios como escravos e buscar algum local rico em metais e pedras preciosas. Contudo, existiam algumas expedições que visavam recuperar escravos que haviam fugido de alguma propriedade. Esse tipo de atividade, mais conhecida como “bandeirantismo de contrato” acabou realizando a destruição de alguns quilombos.
     Os bandeirantes, apesar de terem sido representados de forma bastante romântica em alguns livros didáticos, contava com poucos recursos para se lançarem em sua aventura pelas matas. Muitas vezes utilizaram o mesmo armamento empregado pelos índios que apresavam (arco e flecha), andavam descalços e com poucos equipamentos e trajes que tornassem a experiência mais confortável.
Sob outro aspecto, podemos ainda destacar que o bandeirantismo também ficou marcando pelos diversos confrontos estabelecidos contra as missões jesuítas do interior da colônia. Em geral, os bandeirantes preferiam atacar as missões jesuíticas, pois lá encontravam um grande número de indígenas melhor adaptados à rotina de trabalho compulsório estabelecida pelos clérigos em suas propriedades.
      A expectativa sob a descoberta de ouro e pedras preciosas no território brasileiro se tornou real somente nos últimos anos do século XVII. No ano de 1695, em meio a mais uma das expedições realizadas pelos bandeirantes paulistas, foi encontrada uma grande quantidade de ouro nas proximidades do Rio das Velhas, onde hoje se encontraram as cidades mineras de Caeté e Sabará. Tempos depois, o encontro de novas regiões auríferas estabeleceu a rápida ocupação do vale do Ouro Preto.  Anos mais tarde, a ação dos bandeirantes reportou a existência de ouro nas regiões de Mato Grosso e de Goiás. Em pouco tempo, vários portugueses saíram da metrópole em busca da riqueza descoberta pela ação dos bandeirantes. A chegada dos lusitanos na região de Minas Gerais acabou empreendendo uma violenta disputa pelas jazidas que acabou assinalando a chamada Guerra dos Emboabas, acontecida entre os anos de 1708 e 1709.


 Leonardo França

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