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Bem vindos apaixonados pela História e pelos quadrinhos. Neste espaço iremos discutir a ciência histórica, mas, acima de tudo as curiosidades que fazem ela ser tão fascinante e maravilhosa.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

exercicios de revisao sobre roma antiga

1. Roma, de simples cidade-estado, transformou-se na capital do país e mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:

a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
b) Redução considerável dos tributos e abolição do poder despótico do tipo oriental.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.
d) Ensino democrático dos estóicos e aumento dos privilégios das classes superiores.
e) Estabilização das fronteiras e crescente oferta de mão-de-obra.


2.
O modo de produção asiático foi marcado pela formação de comunidades primitivas caracterizadas pela posse coletiva de terra e organizadas sobre relações de parentesco. Sobre essa estrutura é correto:

a) O Estado controlava o uso dos recursos econômicos essenciais, extraindo uma parcela de trabalho e da produção das comunidades que controlava.

b) Neste sistema verifica-se a passagem da economia de predação para uma economia de produção, quando o homem começa a plantar.

c) O fator condicionante dessa situação foi o meio geográfico, responsável pela pequena produtividade.

d) As relações comunitárias de produção impediram o desenvolvimento do comércio e da mineração na Antiguidade Oriental.

e) Os povos que não vivam próximos aos grandes rios não se desenvolveram e tenderam a desaparecer.


3. As “Guerras Civis” na Roma republicana foram provocadas pela (o):

a) Tentativa de Julio César de tornar-se imperador.
b) Ascensão dos homens novos e militares e marginalização da plebe.
c) Assassinato dos irmãos Graco, dividindo os romanos em dois partidos.
d) Insistência dos cristãos contra a escravidão e o culto ao imperador.
e) Disputa política envolvendo os membros dos dois Triunviratos.


4.
Entre os séculos IV e V os pequenos proprietários arruinaram0se e buscaram a proteção dos grandes latifundiários. Surgiu assim o Patrocínio, instituição pela qual, em troca de proteção, um homem livre obrigava-se a cultivar um grande lote de terra para um grande proprietário. Grande parte da mão-de-obra foi recrutada entre os “bárbaros”, que invadiam as fronteiras do Império. O texto retrata:

a) A barbarização do exército e anarquia militar.
b) A principal forma de salvação do Império.
c) A abertura das fronteiras romanas aos povos germânicos.
d) A consolidação do sistema escravista de produção.
e) O surgimento do colonato e das Villae, com economia natural.


5.
No decorrer do último século de República em Roma, as conquistas se ampliaram, o exército passou a ser permanente e tornou-se profissional, o que foi fundamental para:

a) A realização das guerras civis, contra os plebeus, impedindo a reforma agrária.
b) Conter as invasões bárbaras que ameaçavam as fronteiras ao norte.
c) Preservar as culturas políticas, limitando as conquistas realizadas pela plebe.
d) A ascensão dos militares ao poder, e conseqüentemente para decadência do Senado.
e) Consolidar as instituições republicanas, impossibilitando o retorno à monarquia.


06. Durante o Baixo Império, o império romano viveu grande decadência, determinada principalmente pela (o):

a) Retração das guerras, responsável pela diminuição do afluxo de riquezas, crise do escravismo e da própria produção.

b) Adesão imperador Constantino ao cristianismo, diminuindo a força do paganismo.

c) Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determinando a decadência da produção agrícola.

d) Édito do máximo, responsável pela ilimitação da produção agrícola e importação de escravos.

e) Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a ocupação realizada pelos povos bárbaros.


07. (FUVEST) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Indique e comente dois traços.


08. (OSEC) Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:

a) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império;
b) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa
oligarquia;
c) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras
do Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos;
d) no Império Romano, todos os homens livres - os cidadãos - eram proprietários de terras;
e) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria.


09. (OSEC) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:

a) foi conseqüência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;
d) incentivou o crescimento do comércio;
e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.


10. (PUC) A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas:

a) tinham objetivos nitidamente políticos;
b) eram terrenas e práticas, sem conteúdo espiritual e ético;
c) eram apoiadas por uma forte classe sacerdotal;
d) condenavam as injustiças sociais;
e) tinham como centro a crença na vida futura.

Exercicios de revisao sobre periodo militar

1. Como teve início a Ditadura Militar no Brasil que durou de 1964 a 1985?
A - Através de eleições democráticas que levaram ao poder os militares.
B - Através de um acordo ocorrido entre o presidente João Goulart e comandantes das forças armadas brasileiras.
C - Através de uma sangrenta guerra civil em que os militares tomaram o poder a força, após a morte de milhares de brasileiros.
D - Através de um golpe militar, ocorrido em 31 de março de 1964, que tirou o presidente João Goulart do poder.

2. Qual das alternativas abaixo aponta características do regime militar brasileiro?
A - Bipartidarismo, falta de democracia, perseguição aos opositores políticos e repressão aos movimentos sociais.
B - Democracia, eleições diretas para presidência da República, apoio aos movimentos sociais, distribuição de terras para os camponeses.
C - Implantação do socialismo, existência de vários partidos políticos, tolerância com os opositores políticos.
D - Liberdade de imprensa, valorização do sistema democrático, apoio aos sindicatos e movimentos de trabalhadores sem terras.

3. O Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ) foi o mais duro do governo militar. Qual das alternativas abaixo aponta as características deste ato?
A - Fechou totalmente a economia brasileira para o mercado externo, nomeou juízes para cargos públicos e implantou várias medidas socialistas.
B - Decretou a prisão de todos os artistas brasileiros, proibiu todo tipo de música no país e modificou a letra do Hino Nacional.
C - Decretou o fechamento do Congresso Nacional por 10 anos, anulou o título de eleitor de todos os cidadãos brasileiros e anulou as aposentadorias de cantores, professores e políticos.
D - Aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

4. No campo econômico, a economia brasileira cresceu muito durante os anos de 1969 e 1973. Esta fase ficou conhecida como época do Milagre Econômico. Qual das alternativas abaixo aponta características deste período?
A - Investimentos nos setores culturais e educacionais, baixo índice de endividamento externo, distribuição de renda de forma justa.
B - Forte crescimento do PIB, investimentos em infraestrutura e elevados empréstimos vindos do exterior com aumento da dívida externa.
C - Elevados investimentos externos (principalmente da URSS), inflação muito baixa e controlada e aumento do consumo das camadas mais pobres da sociedade.
D - Criação de programas de distribuição de renda, incentivo à reforma agrária, aumento significativo das exportações de máquinas e produtos tecnológicos.

5. Qual das alternativas abaixo aponta uma importante decisão que abriu caminho para a redemocratização no país e fim da ditadura militar?
A - Em 1984, a Campanha das Diretas Já conquistou seu objetivo e as eleições diretas para presidente voltou ao país em 1985.
B - Em 1979, o presidente Figueiredo estabeleceu o fim da ditadura e convocou eleições diretas para presidente.
C - Em 1978, o presidente Geisel acabou com o AI-5, restaurou o habeas-corpus e abriu caminho para a volta da democracia no Brasil.
D - Em 1980, com apoio dos EUA, uma guerra civil derrubou o governo militar e colocou no poder um presidente civil.

Exercicios de revisão ciclo da cana


1) (FEI-SP) Sobre os primeiros 50 anos de ocupação do Brasil, podemos afirmar que:
I. Foi um período marcado pela exploração do pau-brasil, exploração essa realizada principalmente a partir do escambo com os indígenas.
II. Não havia um projeto sistemático de colonização por parte de Portugal, já que o comércio com as Índias era mais atraente. Nesse primeiro período, Portugal busca ocupar o território por meio da cessão de capitanias hereditárias.
III. Em 1549, com o estabelecimento do Governo-Geral, Portugal busca um controle maior e mais efetivo daquela que já havia se tornado sua colônia mais promissora, já que os negócios orientais começavam a declinar.
a) apenas I e II estão coretas
b) apenas I e III estão corretas
c) I, II e III estão corretas
d) apenas III está correta
 
Resposta: C

2) (SANTA CASA/SP) - Baseada no escambo e nas feitorias, e essencialmente predatória, foi:
a) a economia extrativa do pau-brasil no pré-colonial
b) a perseguição do braço escravo indígena, nos fins do século XVI brasileiro
c) a estrutura escravista no Brasil
d) ciclo da cana de açúcar em São Vicente, no século XVII
e) início do plantio do café, no litoral fluminense.
Resposta: A

3) (UFPR) Sobre as capitanias hereditárias no Brasil, totalize os valores corretos:
01) os núcleos coloniais fundados por Martim Afonso não eram suficientes para garantir a posse das terras para Portugal.
02) ofereciam vantagens aos donatários, mas os riscos da empresa ficavam por sua conta.
04) os documentos jurídicos básicos eram a Carta de Doação e o Foral.
08) não haviam sido experimentados em nenhuma colônia portuguesa antes do Brasil.
16) as únicas que prosperaram foram São Vicente e Pernambuco.
Resposta: 23 (01 + 02 + 04 + 16)

4) (UFPR) A instituição do Governo Geral do Brasil, por carta Régia de 7 de janeiro de 1549, com sede na Bahia de Todos os Santos, gerou profundas transformações na estrutura do sistema administrativo do Brasil, dentre as quais figuram as seguintes:
01) a arrecadação de impostos da Coroa passou a ser fiscalizada e coordenada por um provedor-mor
02) a defesa do litoral passou para a responsabilidade e comando de um capitão-mor da costa.
04) com o primeiro governador veio a primeira missão jesuítica, sob a direção de Manuel da Nóbrega, com a finalidade de cuidar das coisas espirituais.
08) governador-geral, o provedor-mor e o ouvidor-geral receberam, cada qual, o seu regimento.
16) com o governador-geral foram extintas as Capitanias Hereditárias.
Resposta: 15 (01 + 02 + 04 + 08)

5) (PUC) - Dentre as primeiras medidas tomadas pela Coroa Portuguesa para a ocupação do Brasil, após 1530, não podemos incluir:
a) envio da expedição de Martim Afonso de Souza.
b) a decisão de desenvolver a produção de açúcar.
c) a criação do sistema de capitanias hereditárias.
d) a expulsão dos holandeses.
e) a tentativa de transferir para particulares o custo da defesa e da colonização
Resposta: D

6) A expedição colonizadora tinha por finalidade:
a) afastar os elementos estrangeiros e estabelecer núcleos de povoamento
b) fundar a primeira capital do Brasil e desenvolver a cana de açúcar
c) iniciar a exploração de pau-brasil e fundar a primeira vila
d) fundar a primeira cidade do Brasil e iniciar a pecuária
e) todas as alternativas estão corretas.
Resposta: A

7) (Mackenzie-SP) A divisão do Brasil em capitanias hereditárias não seria apenas a primeira tentativa oficial de colonização portuguesa na América, mas também a primeira vez que europeus transportaram um modelo civilizatório para o Novo Mundo. A esse respeito é correto afirmar que:
a) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos portugueses e cada donatária tinha reduzidas dimensões.
b) representava uma experiência feudal em terras americanas, sem nenhum componente econômico mercantilista.
c) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilidades de lucros rápidos.
d) a coroa com sérias dívidas transferia, para os particulares, as despesas da colonização, temendo perder a colônia para os estrangeiros que ameaçavam nosso litoral.
e) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como conseqüências a questão fundiária e a estrutura social excludente.
Resposta: D

8) (CEFET-PR) Alguns historiadores afirmam que as conseqüências do modelo de colonização adotado pelos portugueses para a exploração do Brasil são ainda muito perceptíveis (devastação do meio ambiente, exploração do trabalhador rural, conflitos rurais, etc). Este modelo é conhecido como plantation ou plantagem e suas principais características são:
a) minifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava;
b) latifúndio, mão-de-obra assalariada, policultura;
c) latifúndio, policultura, mão-de-obra escrava;
d) latifúndio, mão-de-obra escrava, monocultura;
e) latifúndio, trabalho assalariado, monocultura.
Resposta: D

9) (PUC/SP) - A participação ativa dos holandeses nas atividades relativas aos primeiros anos da economia açucareira do Brasil colonial, se traduziu principalmente:
a) na adoção do sistema de lavoura extensiva
b) na introdução do escravo negro como mão de obra
c) nas operações de refino e distribuição do açúcar no mercado europeu
d) na introdução de trabalhadores flamengos para a lavoura da cana e) na adoção de novas técnicas para o plantio da cana.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Periodo Militar

Introdução 
    Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.

O golpe militar de 1964
   A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.

GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
    Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
    Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
história do brasil - ditadura militar Passeata contra a ditadura militar no Brasil   


GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
   Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.

GOVERNO MEDICI (1969-1974)
   Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
   Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi. Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

GOVERNO GEISEL (1974-1979)
   Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
    A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
    Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  

EUA no sec XIX

    Após conquistar sua independência, que serviu de modelo e inspiração para as outras colônias Americanas, os Estados Unidos viram-se diante de uma árdua tarefa: organizam sua política interna de maneira a conciliar os interesses das antigas treze colônias. Como já vimos, a forma de colonização implantada na América do Norte favoreceu a formação de diferentes regiões. Em cada uma delas, as idéias a respeito do novo governo eram tão diferentes quanto às atividades econômicas que desenvolviam. Assim, uma corrente defendia a organização de um forte governo central e a adoção de tarifas protecionistas que incentivassem o desenvolvimento industrial. A outra corrente, vinculada aos produtores escravistas do sul, defendia uma política livre-cambista, que garantia o escoamento de suas matérias-primas, principalmente o algodão, em troca de produtos industrializados europeus.Diante dessas duas forças, ficou difícil ao governo definir um único rumo para o pais, pois a Constituição americana assumiu um caráter bastante genérico, facultando a cada estado a definição de suas próprias leis, desde que estas não entrassem em conflito com a orientação da União.Somente com a eleição de Andrew Jackson em 1829 delinearam-se mais claramente as tendências democráticas na sociedade norte-americana. Para isso contribuiu principalmente a adoção do sufrágio universal.

A Marcha para o Oeste

A Marcha para o Oeste foi à incorporação de territórios interioranos pelos colonos pioneiros e desbravadores, que faziam a fronteira mover-se sempre um passo além. Uma série de fatores motivaram e favoreceram esta expansão:

• A escassez de terras na faixa atlântica;
• A possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus;
• A necessidade do Norte, em faze de industrialização, de conseguir matérias-primas e alimentos;
• A corrida do ouro;
• A conquista de áreas de pastagens para os rebanhos;
• A construção de ferrovias, que permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o comércio para a produção agrícola.

Na primeira metade do século XIX, os Estados Unidos adquiriram uma série de regiões importantes, através de compras e atacados. Com essas aquisições, o território norte-americano passou a ter 7 700 000 quilômetros quadrados. A ocupação das novas áreas foi disciplinada pelo governo americano através do Edito do Noroeste (1787), que definia a formação de novos Estados em três etapas:

Primeira etapa- a área ficaria sob controle do governo federal, ate que sua população atingisse 5 000 eleitores;
Segunda etapa- ao atingir 5 000 eleitores, o território adquiria auto-governo;

Terceira etapa- ao atingir 60 000 habitantes, o território era adquirido como Estado da União, com os mesmos direitos dos Estados mais antigos.
Dessa forma o governo visava impedir que as novas áreas fossem dominadas pelos Estados já existentes.

Com a Marcha para o Oeste continuaram as divergências entre o norte e o Sul. O problema maior surgiu com relação ao regime de propriedade e o tipo de mão-de-obra a ser empregado nos novos territórios. O Norte pretendia que se instalassem pequenas propriedades com mão-de-obra livre e assalariada, enquanto o Sul defendia a ampliação dos latifúndios escravistas. Esse antagonismo era determinado não somente por interesse econômico, mas também por interesse político.Temia-se que a inclusão de novos representes no legislativo viesse a romper o equilíbrio, até então existente, entre os Estados abolicionistas e os Estados escravistas.

Para manter a estabilidade, firmou-se em 1820 o Compromisso do Missouri. Esse acordo delimitava, pelo paralelo 36°30’, os territórios escravistas e os territórios livres, regulamentado a criação dos novos membros da União. Porém a solicitação da Califórnia, em 1850, para fazer parte da União como Estados não-escravocrata desencadeou uma grave crise, pois desobedecia ao Compromisso do Missouri. Utah e Novo México também pediam sua anexação à União como Estados neutros, ao mesmo tempo que crescia a campanha abolicionista nos Estados Unidos.Com essas questões o Compromisso perdeu o sentido e em 1854 o Congresso aprovou a entrada de novos Estados, com o direito de decidirem sobre a escravidão em seus territórios. A tensão entre escravocratas e abolicionistas aumentou, culminando no confronto armado entre Norte e Sul conhecido como Guerra de Secessão.

A Guerra de Secessão (1861-1865)

As diferencias de interesses existentes entre as elites do sul agrário e as do norte industrial foram as causas da guerra civil norte-americana.A burguesia industrial nortista, em ascensão, estava ansiosa por garantir para si os novos mercados que estavam se formando com aumento da imigração e com as altas taxas de natalidade. Contudo, dois empecilhos impossibilitavam seus planos expansionistas: a escravidão e a resistência sulista às tarifas protecionistas. Os nortistas eram fracamente contrários à escravidão porque ela impossibilitava o crescimento do mercado interno. Já os sulistas defendiam a manutenção de seus privilégios aristocráticos. Acreditavam que, sem a escravidão, as suas bases econômicas desmoronariam.Após as eleições presidenciais de 1860, que escolheram o candidato apoiado pelo Norte, Abraham Lincoln, os Estados escravistas do Sul resolveram se separar de União;formando uma confederação. Apesar da flagrante inferioridade em número de homens, em recursos e armas, os Estados Confederados atacaram o Norte, em 1861, dando início a guerra civil.Alem de contar com a ajuda do Oeste o Norte utilizou a Marinha para bloquear o apoio da Europa, principalmente da Inglaterra, aos Estados sulistas, dos quais esse país importa o algodão para alimentar suas industrias.O Sul conseguiu algumas vitórias. No entanto, após a Batalha de Gettysburg em 1863, o Norte tomou a ofensiva, derrotando as tropas sulistas e arrasando completamente os Estados Confederados. A tomada da capital da Confederação, Richmond, na Virginia, em 1865 selou o fim da guerra, com a rendição completa do Sul.Nesse mesmo ano o presidente Abraham Lincoln foi assassinado por um fanático sulista.A abolição da escravatura foi decretada por Lincoln em janeiro de 1865. Porém, não foi acompanhada de nenhum programa que possibilitasse a integração de negro liberto na sociedade americana. Essa situação de desvantagem social tendeu a se perpetuar, principalmente devido ao aparecimento de sociedades secretas racistas no Sul, como o ku Klux Klan, que através de segregacionismo e intimidações freqüentemente violentadas impediam os ex-escravos a assumirem plenamente sua cidadania.

O desenvolvimento capitalista nos Estados Unidos

    Com o fim da guerra da secessão e com a abolição da escravatura, o governo pôde se dedicar à organização e a exploração econômica das terras conquistadas no Oeste.Isso principalmente porque grandes áreas na costa do Pacífico haviam sido rapidamente povoadas, com a descoberta de ouro na Califórnia, por volta de 1848.A mineração atraíra milhares de pessoas para o Oeste, incentivadas pela possibilidade de fácil enriquecimento.Mesmo com o esgotamento dos filões, áreas desconhecidas foram desbravadas, abrindo caminho para a posterior ocupação através da agropecuária. Durante a guerra, para que a zona industrializada se empenhasse mais na produção bélica - industriais metalúrgica e siderúrgica -, o Congresso promulgou uma lei (Lei Homestead,1868) oferecendo no Oeste terras gratuitas aos colonos imigrantes.O objetivo dessa lei era aumentar os suprimentos agrícolas.A integração entre as duas áreas – Leste e Oeste – deu-se com o desenvolvimento das ferrovias, que, á medida que foram sendo construídas, possibilitaram a ocupação do território.Isto se deu com grande rapidez.A construção de ferrovias precedeu o povoamento e forçou a tomada de terras indígenas, principalmente pelo extermínio de inúmeras tribos.As estradas de ferro uniram o Leste com o Pacifico e asseguraram o escoamento dos produtos no mercado interno,que agora assumia dimensões continentais. Ao contrario da época de ocupação colonial, quando os colonos produziam para sua subsistência, nesta fase os pioneiros foram obrigados a se especializarem para atender á demanda crescente das áreas mais desenvolvidas.Muito embora a mão-de-obra fosse escassa, a produtividade aumentou graças à mecanização da produção agrícola e aos progressos técnicos alcançados nesse período.Alguns colonos,entretanto,ao hipotecarem suas terras para a compra de maquinas e insumos (matéria-prima,adubo,energia etc), acabaram arruinados, perdendo suas propriedades para grandes grupos financeiros.Foi justamente no período do pós-guerra que se deu á consolidação dos grandes grupos financeiros. Estes aumentaram seu patrimônio explorando a agricultura com a cobrança de juros exorbitantes e canalizando esses ganhos para investimentos nas industrias concentradas no nordeste dos Estados Unidos.Além de submetida aos banqueiros,a agricultura também estava sujeita a outros tipos de exploração:

• As industrias cobravam altos preços pelas maquinas agrícolas;
• Os comerciantes,por possuírem armazéns, compravam a produção a baixos preços ou cobravam pela estocagem dos produtos;
• As companhias ferroviárias cobravam elevados preços pelos fretes,diminuindo o lucro dos fazendeiros.

A inauguração de um novo processo de fabricação industrial(linha de montagem e produção em massa) implicou num amplo desenvolvimento técnico e no avanço da organização empresarial.Altas tarifas protecionistas contra a concorrência estrangeira beneficiaram esse processo.A industrialização foi, portanto, a conseqüência mais importante da Guerra da secessão, colocando a nação americana na liderança do avanço capitalista.Para tanto muito contribuíram:

• A criação de um novo tipo de companhia – o truste monopolista;
• Novos inventos, como o processo Bessemer do aço;
• Novas fontes de energia(o vapor e a eletricidade),que, aplicadas à produção reduziam os custos.

Assim, desenvolvendo de maneira integrada todos os setores de produção, os Estados Unidos puderam, em fins do século XIX, concorrer em pé de igualdade com as grandes potências européias na etapa avançada do desenvolvimento capitalista: o imperialismo.

Historia do Engenho

    O primeiro engenho de açúcar registrado em território português pertenceu a Diogo Vaz de Teive, escudeiro do Infante D. Henrique, com contrato de construção datado de 5 de Dezembro de 1452. Localizava-se na Ilha da Madeira, no então lugar da Ribeira Brava, Capitania do Funchal. A força motriz deste engenho era a água da ribeira.
    Os primeiros engenhos da ilha eram todos movidos a água ou pela força de bois, sendo os cilindros construídos algumas vezes com madeira de til, nessa época muito frequente. Além dos engenhos, existiam também as alçapremas ou prensas manuais. Não consta da documentação qual o processo de que se serviram os proprietários de engenhos e alçapremas para fabricar o açúcar, mas supõe-se que esse processo consistisse em fazer cozer as garapas em caldeiras até obter a consistência de um xarope espesso, sendo neste ponto transferidas para vasos furados no fundo, onde se depositariam os cristais, saindo o liquido pelos orifícios. Supõe-se também que na purificação dos açucares fossem empregados a água de cal e o carvão animal, produtos que a indústria moderna de produção açucareira igualmente utiliza. A indústria da refinação dos açucares floresceu na Madeira no século XV, passando daqui para Lisboa e colónias do Reino. Acerca disto comentou o Dr. Álvaro Rodrigues de Azevedo, nas Saudades da Terra, que na metrópole “criou tantas fortunas particulares, com detrimento das colónias e da indústria saccharina mesma“.

Ilha da Madeira

   O primeiro engenho que existiu na Madeira foi o de Diogo Vaz de Teive, construído em 1452, mas em 1590, à época em que Gaspar Frutuoso escreveu as Saudades da Terra, havia já mais de 30 engenhos dispersos pela ilha, apesar dos sintomas de decadência que já então a indústria sacarina apresentava na ilha. Em 1730 eram já poucos os engenhos na Madeira,  tendo o Dr. Rodrigues de Azevedo estimado que a indústria sacarina tenha desaparecido inteiramente da ilha em 1748, devido à impossibilidade de suportar a concorrência dos açucares americanos, que há muito tempo vinham invadindo os mercados europeus, onde eram vendidos a baixo preço.
   Quando Bowdich visitou a Madeira em 1823, o açúcar fabricado na ilha era em quantidades insignificantes, e em 1826 havia apenas um único engenho em toda a ilha. No ano imediato Severiano Ferraz procedeu à construção de um segundo engenho, o qual ficou concluído em 1828. Em 1851 laboravam quatro fabricas na Madeira, e em 1856 dez no Funchal e 18 em toda a ilha, sendo todas destinadas à destilação de aguardente.
Em 1856 Severiano Alberto Ferraz fundou a fábrica da Ponte Nova, notável para o seu tempo, na qual despendeu cerca de vinte e cinco contos de reis. Esta fábrica, melhorada pelos filhos do fundador, tinha em 1862 clarificadores a vapor, concentradores de Bour, maquinas centrífugas para a extracção do melaço, e outro equipamento, sendo considerada como um estabelecimento de primeira ordem e o melhor que existia à época no Funchal. Era movida a vapor, sendo o movimento distribuído por uma maquina de dez cavalos a outras diferentes maquinas de fabricação. Também em 1856 foi fundada por por William Hinton & C.a a Fábrica do Torreão, usando como motor a água, embora no Verão, ao escassear este recurso, o movimento fosse estabelecido por uma maquina a vapor da força de doze cavalos. Em 1861 contavam-se vinte e nove fabricas em toda a ilha, cinco das quais manipulavam açúcar. Em 1872 existiam sete fabricas a vapor, e delas cinco em laboração, e uma a entrar em funcionamento; nove engenhos movidos a água; e alguns pela força de bois. As fábricas produziam açúcar e aguardente, sendo esta consumida quase toda em Portugal.

Roma antiga

Introdução
 
 
  A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.

Origem de Roma: explicação mitológica
  
 
   Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
   
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
 
   Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
   A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. 
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).

Formação e Expansão do Império Romano
  
 
   Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
   Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.

Principais imperadores romanos
  Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
gladiadores lutando - história de Roma
Luta de gladiadores:
pão e circo

Pão e Circo
    
    Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

Cultura Romana
  
  A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
   A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol. A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.

Religião Romana
   
 
   Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família. Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.

Crise e decadência do Império Romano
 
    Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
   Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.

Legado Romano

     Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.