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Bem vindos apaixonados pela História e pelos quadrinhos. Neste espaço iremos discutir a ciência histórica, mas, acima de tudo as curiosidades que fazem ela ser tão fascinante e maravilhosa.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Exercicios Grecia


1) O nome perieco, em grego [perioikos], significava morador “em torno da casa” e servia para designar uma classe com várias obrigações de Estado, entre elas a do serviço militar. Com base nestas obrigações estatais dos periecos em Esparta antiga, é correto afirmar que estes homens socialmente eram reconhecidos como:
a) cidadãos espartanos que cumpriam o dever cívico desde o nascimento, servindo como guerreiros e sustentando a ordem dentro e fora da militarizada cidade-Estado de Esaprta.
b) homens livres, mas com direitos limitados, estando politicamente submetidos aos esparciatas, os cidadãos espartanos, os quais definiam o lugar dos periecos na guerra
c) trabalhadores servos, presos à terra e sem direitos políticos, estando sob a autoridade direta dos hilotas, os cidadãos espartanos, que os levavam para a guerra como escravos.
d) escravos de uma categoria superior a dos hilotas. Os periecos recebiam alforria com mais facilidade e não podiam ser maltratados por seus senhores, pois serviam na guerra
e) pequenos proprietários rurais que ganharam cidadania espartana depois da guerra do Peloponeso, quando Esparta teve que convocar mais homens além dos seus cidadãos.

2) Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imitadores. Nominalmente, como as coisas não dependem de uma minoria, mas, ao contrário, da maioria, o regime se denomina democracia. No entanto, se, em matéria de divergências particulares, a igualdade de todos diante da lei é assegurada, cada um, em virtude das honras devidas à posição ocupada, é julgado naquilo que pode ocasionar sua distinção: no que se refere à vida pública, as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza dificulte a alguém servir à cidade por causa da humildade de sua posição (...)

Uma pessoa pode, ao mesmo tempo, ocupar-se de seus assuntos e dos do Estado e a multiplicidade das ocupações não impede o julgamento dos assuntos públicos. Somos os únicos a taxar, efetivamente, aqueles que não fazem parte dos ativos, mas dos inúteis.
Tucídides, História da Guerra do Peloponeso.
Tratando da democracia ateniense, o autor destaca, nesse texto:
a)a influência que outros modelos políticos exerceram sobre Atenas;
b)    a importância do princípio da isonomia entre os cidadãos.
c) seu desprezo por aqueles que se dedicavam à vida pública;
d) o critério censitário que determinava a participação política;
e) a influência que outros modelos políticos exerceram sobre Atenas;

3) Ao povo dei tantos privilégios quantos lhe bastam à sua honra; nada tirei nem acrescente; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei que nada tivessem de infamantes... Entre uma e outra facção, a nenhuma permitiu vencer injustamente. (Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou:
a) Restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza
b) Impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sentido da democracia.
c) Permitir a participação dos cidadãos pobres na política para derrubar o monopólio dos grandes proprietários de terras.
d) Abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que mantinha sua exclusão da vida política.
e) Disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos a ilusão de que participavam da política.

4) Através da cultura, a sociedade humana constrói seu conhecimento sobre a natureza e procura decifrar os mistérios do universo. A produção cultural foi um dos Destaques da Grécia na Antiguidade. Na época, o teatro grego:
a) conseguiu sintetizar as preocupações religiosas da sociedade, criticando as concepções mitológicas dominantes
b) teve suas encenações ao ar livre bastante admiradas, com atores do sexo masculino, usando máscaras nas representações.
c) divertiu o povo com suas comédias cheias de ironia filosófica, evitando a representação de temas sobre as angústias humanas.
d) representou a vida confusa dos deuses gregos, contribuindo para esvaziar o poder dos mitos e da aristocracia.
e) foi à expressão das preocupações filosóficas do seu povo, divulgando uma ética democrática sem ligações com a religião.

5) No período clássico grego (Séc. V–IV a.C) Atenas com sua ordem democrática, seu desenvolvimento econômico e sua expansão pelo mar Egeu, destacou-se como a mais importante entre as cidades-estados da Grécia antiga. O fortalecimento grego-ateniense apoiado numa forte política expansionista deflagrou inúmeros conflitos com o Império Persa, outra potência que disputava com os Gregos o controle da Jônia (região costeira da Ásia Menor). Posteriormente, deflagraram-se as guerras entre as polis gregas contra a hegemonia ateniense, fortalecida ainda mais após as guerras com os Persas. Dessas lutas entre cidades-estados, a derrota de Atenas significou o declínio da sociedade grega clássica.
A quais acontecimentos, respectivamente, se refere o texto acima?
Assinale a alternativa correta.
a) Guerras Médicas e Batalha de Pelusa.
b) Guerra do Peloponeso e Batalha de Pelusa.
c) Guerras Púnicas e Guerra do Peloponeso
d) Guerras Médicas e Guerra do Peloponeso.
e) Guerras Médicas e Guerra do Peloponeso.
6) Atenas viveu, após as reformas implementadas por Clístenes em 508 a.C., sob um regime democrático. As reformas na distribuição dos cidadãos por tribos, ampliadas de 4 para 10 e a repartição de cada tribo em três demos, um na cidade, um no litoral e outro na área rural, foram as bases para as reformas posteriores. Sobre o assunto, assinale a afirmativa incorreta:
a) O ostracismo, aplicado pela primeira vez no período 488 – 487 a.C., estabelecia a expulsão do cidadão denunciado como politicamente perigoso e a cassação de seus direitos políticos por um prazo de dez anos.
b) Entre as reformas implementadas por Péricles, a criação da mistoforia – remuneração ao exercício de cargos e à participação nas assembléias – permitiu que os cidadãos mais pobres pudessem participar da política sem colocar em risco a sua subsistência material.
c) Todos os habitantes de Atenas, maiores de dezoito anos, de qualquer gênero, de qualquer procedência, ou de qualquer classe de riqueza podiam votar na assembléia popular – Eclésia.
d) Na Atenas do século IV a.C., a Eclésia era o centro de vida política, englobando entre suas funções as dimensões legislativa, executiva, judiciária e eleitoral.
e) Ao longo do século IV a.C., a democracia ateniense enfrentou dificuldades para manter suas instituições, dentre elas as advindas do volume de recursos para sustentar as remunerações dos cidadãos, como a mistoforia.

7) Na sociedade espartana, o hilotismo era elemento constitutivo de sua organização social. Sobre os hilotas, assinale o que for correto:
1  
Eram responsáveis pelo comércio e artesanato locais.
2  
Eram respeitados pela classe dominante espartana, tendo a possibilidade de acumular pequenas fortunas com as quais comprovam títulos de cidadania.
4  
Eram submetidos aos kriptios, forma de repressão e extermínio, para impedir o crescimento demográfico e rebeliões.
8  
Constituíam a camada
São Corretas:

Exercicios de revisão mercantilismo/pacto colonial

01. As práticas de intervenção estatal na economia durante a Idade Moderna ficaram conhecidas como
mercantilismo, caracterizado:

a) Pela limitação das atividades das companhias privadas, dados os privilégios concedidos às empresas estatais.

b) Pela preocupação com o enriquecimento da burguesia em detrimento da nobreza feudal, garantindo a aliança de burgueses de vários.

c) Pelo monopólio metropolitano entre as colônias da América, que passou a estimular as disputas entre as empresas burguesas dos mercados.

d) Pelas teorias metalistas, responsáveis por práticas protecionistas, que promoveram grande rivalidade entre as nações européias.

e) Pelo controle exclusivo extenso, ou seja, metropolitano e, ao mesmo tempo, pela livre concorrência interna.


02. O “Bulionismo” ou entesouramento caracterizava a prática mercantilista do início dos tempos modernos. Tal prática pode ser entendida como:

a) A exclusividade econômica garantida pelas metrópoles no comércio colonial.
b) A disposição dos europeus em defender seus interesses econômicos por meio de sucessivos tratados.
c) A intenção das nações ibéricas no sentido de liderar uma unificação econômica européia.
d) A preocupação dos portugueses e espanhóis em garantir o desenvolvimento da economia de suas colônias.
e) A disposição de procurar e acumular metais preciosos.


03.      
O soberano não proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária (...) O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor as suas vontades aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem. (André Corvisier. História Moderna)

Esta é uma das caracterizações possíveis:

a) Dos governos coloniais da América.
b) Das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.
c) Do Império Carolíngio.
d) Dos califados islâmicos.
e) Das monarquias absolutistas.


04. Sistema caracterizado pela intervenção do Estado na economia, balança comercial favorável, protecionismo, monopólios, entre outros elementos, são características do (a):

a) Livre-cambismo.
b) Capitalismo financeiro.
c) Capitalismo monopolista.
d) Capitalismo comercial ou mercantilismo.
e) Comunitarismo estatal.


05. Num universo social de analfabetos, eram imagens, vistas pelos fiéis por dentro e por fora, ao longo de toda Igreja, que transmitiam e repetiam imutáveis as lições da teologia cristã. A arte (...) não guardava nenhuma relação necessária com a realidade concreta e cotidiana do mundo.

O texto do historiador Nicolau Sevcenko retrata o papel da arte no mundo feudal. Essas características foram alteradas:

a) Com a formação das Monarquias nacionais, na medida em que, apenas com o poder centralizado, se adotou uma nova visão do mundo.

b) A partir da Reforma Religiosa, que quebrou o poder universal da Igreja Católica, permitindo a liberdade de expressão.

c) No processo de transição feudo-capitalista, quando a ascensão de uma nova camada social possibilitou o desenvolvimento de uma nova cultura, individualista.

d) Devido às cruzadas, que possibilitaram uma nova dinâmica à economia e às cidades e permitiram a chegada de obras artísticas de origem árabe.

e) Somente após a expansão marítima, quando os europeus estabeleceram contato com outros povos, ou seja, com diferentes realidades.


06. (CESGRANRIO) A característica mais conhecida do chamado “mercantilismo francês” é:

a) a importância atribuída à expansão colonial;
b) o industrialismo estritamente regulamentado;
c) a grande importância dada ao tráfico de escravos;
d) a política anti-inglesa;
e) o amparo à agricultura.


07. (MACK) O período de predomínio do mercantilismo caracteriza-se:

a) pela extinção das empresas monopolistas;
b) pela luta entre mercadores e manufaturadores;
c) pela grande acumulação de metais preciosos;
d) pelo desaparecimento das guildas;
e) pelo surgimento dos primeiros socialistas.


08. (MACK) Pode ser considerada uma característica do Sistema Colonial:

a) a adoção, por parte das metrópoles, uma política liberal que facilitou a emancipação das colônias;
b) a não-intervenção do Estado na economia e o incentivo às atividades naturais;
c) o monopólio comercial metropolitano e a sua influência no aquecimento da burguesia e no desenvolvimento do capitalismo;
d) a extinção do trabalho escravo e o desenvolvimento econômico das áreas coloniais;
e) a economia voltada para o mercado interno e para a acumulação capitalista no setor colonial.


09. (UFGO) Parte integrante da política econômica mercantilista, a concepção monetária preconizava, acima de tudo:

a) a livre circulação de mercadorias;
b) uma política industrialista e protecionista;
c) a proibição quanto a saída de ouro e prata do país;
d) a exploração das colônias e o desenvolvimento do comércio;
e) a realização de reformas monetárias e o desenvolvimento do sistema de crédito.


10. (UFRN) O sistema de colonização objetivado pela política mercantilista tinha em mira:

a) criar condições para a implantação do absolutismo;
b) permitir a economia metropolitana o máximo de auto-suficiência e situá-la vantajosamente no comércio internacional, pela criação de complementos à economia nacional;
c) evitar conflitos internos, resultantes dos choques entre feudalismo e capitalismo, que entravavam o
desenvolvimento dos países europeus;
d) ganhar prestígio internacional;
e) obter garantias de acesso às fontes de matérias-primas e aos mercados consumidores no ultramar.













terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sociedade do açucar

Ciclo da cana de açucar

   O cultivo da cana-de-açúcar deu-se pela necessidade imperativa de colonizar e explorar um território até então sem muita importância econômica para Portugal. Vários foram os motivos para a escolha da cana, entre eles a existência no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar, além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu – destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros, transformando-se no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII. As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso de Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São Vicente, no ano de 1533. Em seguida, muitos outros se proliferaram pela costa brasileira. O Nordeste, principalmente o litoral pernambucano e baiano, sorveu a maior parte da produção açucareira da colônia. A maior contribuição dos engenhos, porém, foi estar em um ponto bastante privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada do produto aos mercados consumidores.

Os Engenhos
   O posto mais elevado na complexa sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho  – o proprietário dos complexos agroexportadores, mais conhecidos como engenhos -, o qual desfrutava de admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes abandonados cedidos pela coroa portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O senhor e sua família moravam na casa-grande – local onde ele desempenhava sua autoridade junto aos seus, cumprindo seu papel de patriarca.Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos mais atrozes e violentos castigos. (veja: Escravidão no Brasil)Havia também a capela – local sagrado no qual aconteciam as mais belas sagrações religiosas; nas suas horas vagas ela exercia igualmente o papel de centro social, onde os homens livres do engenho e das circunvizinhanças se reuniam.No engenho ficava ainda a moenda, onde a cana-de-açúcar era moída.À mulher cabia a incumbência de administrar seu lar, devendo conservar-se recolhida fiscalizando o trabalho dos escravos domésticos.O serviço escravo, realizado nas lavouras canavieiras, era supervisionado pelos feitores, que tinham a tarefa de vigiar os escravos e lhes aplicar punições que iam desde a palmatória até o tronco, no qual muitas vezes eram chicoteados até sangrar ou então permaneciam amarrados durante dias a pão e água.Outros trabalhadores livres também trabalhavam no engenho: iam de barqueiros, canoeiros até pedreiros, carreiros (condutores de carros de boi), vaqueiros, pescadores e lavradores que, além de cuidarem do cultivo da cana, também se dedicavam às pequenas roças de milho, mandioca ou feijão, as quais auxiliavam na subsistência, garantindo alimentação para a casa grande, senzala e assalariados livres.

As Invasões Holandesas e a queda da economia açucareira
    A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos holandeses que, em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local, adquirindo a experiência necessária do cultivo da cana-de-açúcar para, após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII, concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu. Porém, no século XVIII, a Holanda se supera na construção de uma indústria açucareira e no abastecimento do mercado europeu, e faz com que o Brasil perca o monopólio do açúcar, desvirtuando o quadro político-econômico vigente na época. O século XVIII põe fim ao ciclo da cana-de-açúcar no Brasil, abrindo novos caminhos para uma nova etapa, um novo período, que na história ficou conhecido como o ciclo do ouro. Como conseqüência da paralisia econômica da colônia, a população passa a procurar novas saídas, novos caminhos, e ruma em direção à região de mineração no interior do Brasil, iniciando uma nova fase na história do Brasil.

                                                                                                                             Leonardo França

Revoluções Liberais

     A reação europeia, conduzida pelo Congresso de Viena e pela Santa Aliança, não conseguiu estancar o movimento revolucionário iniciado na segunda metade do século XVIII. As revoluções da América luso-espanhola foram bem-sucedidas e a Grécia se libertou do julgo turco.
Por volta de 1830, uma nova onda revolucionária abalou a Europa: na França, Carlos X, sucessor de Luís XVIII (foto), foi obrigado a abdicar do poder; a Bélgica, dominada pela Holanda, rebelou-se, proclamando sua independência; na Itália, as associações revolucionárias impuseram uma Constituição; na Alemanha eclodiram movimentos liberais constitucionalistas; a Polônia tentou obter sua independência. Essas revoluções provocaram um golpe violento na reação representada pela Santa Aliança, aniquilando-a. Além disso, outros fatores podem ser arrolados para explicar o problema. Entre 1846 e 1848, as colheitas na Europa Ocidental e Oriental foram péssimas. Os preços dos produtos agrícolas subiram violentamente e a situação das classes inferiores piorou. Ao mesmo tempo, verificava-se uma crise na indústria, particularmente no setor têxtil. O aumento da produção ocasionou a superprodução. A crise na agricultura diminuiu ainda mais o consumo dos produtos manufaturados pelo empobrecimento dos camponeses. A paralisação das atividades fabris resultou em dispensa dos trabalhadores e redução nos salários, exatamente quando os preços dos gêneros de primeira necessidade subiam vertiginosamente. Os recursos financeiros dos países europeus foram carreados para a aquisição de trigo na Rússia e Estados Unidos. Isto afetou os grandes empreendimentos industriais e a construção das estradas de ferro, em franco progresso na oportunidade. A paralisação das atividades nestes setores arrastou outros, provocando a estagnação econômica geral. A crise variou de país para país. Na Itália e Irlanda foi mais agrária; na Inglaterra e França, industrial, bem como na Alemanha. A miséria gerou o descontentamento político. A massa dos camponeses e proletários passou a reclamar melhores condições de vida e maior igualdade de recursos. No fundo, constituíam-se ideias socialistas, mas como não existia um partido socialista organizado que pudesse orientar estas classes, coube aos liberais e nacionalistas, compostos pela burguesia esclarecida, exercerem a oposição ao governo, contando com o apoio da massa, sem orientação própria.
 
França
    Luís Felipe fora colocado no trono da França pela Revolução de 1830, representando os ideais da burguesia e tendo por objetivo conciliar a Revolução com o Antigo Regime. A oposição popular ao regime era manifesta. Em 1834 deu-se a insurreição dos operários de Lyon. As tendências republicanas ganhavam adeptos através das várias sociedades políticas fundadas com este propósito.
A oposição não era somente popular. Havia muitos partidários da volta de Carlos X, exilado desde 1830. Os antigos correligionários de Napoleão acercavam-se de Luís Bonaparte, seu sobrinho.
O partido socialista opunha-se ao governo, propondo reformas. Seus líderes, Louis Blanc, Flocon e Ledru-Rollin iniciaram em 1847 uma campanha em todo o país visando à reforma eleitoral. A forma encontrada para a difusão da campanha foram os banquetes nos quais os oradores debatiam a questão.
Em 22 de fevereiro, o ministro Guizot proibiu a realização de um banquete, o que provocou a eclosão da revolta. Surgiram as barricadas nas ruas com o apoio de elementos da Guarda Nacional. A revolta ganhou vulto. Guizot foi demitido em favor de Thiers, que nada resolveu. A Câmara foi invadida e os deputados fugiram. Luís Felipe abdicou. O governo provisório foi organizado e proclamou a Segunda República da França, com a participação de burgueses liberais e socialistas. No dia 23 de abril, realizou-se a primeira eleição na Europa com o voto universal masculino, direto e secreto. A crise econômica, entretanto, não fora debelada; pelo contrário, se agravara. O governo provisório, a fim de ofertar trabalho aos desempregados, criara as "oficinas nacionais", empresas dirigidas e sustentadas pelo Estado. O pagamento dos salários era coberto com a elevação dos impostos, o que redundou em crise maior. O fechamento destas oficinas fez voltar à rua o proletariado. Tentou-se fazer uma revolução dentro da própria revolução. A Assembléia delegou poderes excepcionais ao general republicano Cavaignac, que abafou violentamente a revolta. Dezesseis mil pessoas foram mortas e quatro mil deportadas. A questão operária foi resolvida segundo os interesses da burguesia. Em 12 de novembro de 1848 foi promulgada uma nova Constituição. O presidente da República seria eleito por quatro anos, sendo Luís Napoleão o primeiro presidente eleito. Em 1851 deu um golpe político, implantando o II Império da França, assumindo o governo com o título de Napoleão III.
 
Itália
    A Itália, em 1848, estava dividida em vários Estados, todos eles com governo tipicamente despótico. A crítica a este regime era conduzida pelas sociedades secretas, principalmente a Carbonária. Ao mesmo tempo, reformas liberais visavam à unificação dos Estados italianos. Para tanto, seria preciso expulsar os austríacos, que desde o Congresso de Viena adquiriram supremacia sobre a Itália. Em janeiro deu-se uma revolta no Reino das Duas Sicílias. O rei Fernando II foi obrigado a conceder uma Constituição, o mesmo ocorrendo na Toscana e no Estado papal. No reino de Lombardia iniciou-se séria oposição aos austríacos. O rei de Piemonte, Carlos Alberto, tomou a liderança da revolta, declarando guerra aos austríacos. Os exércitos austríacos obtiveram duas vitórias (Custozza e Novara), forçando Carlos Alberto a abdicar em nome de seu filho Victor-Emanuel II. A repressão implantada pelos austríacos foi violenta em toda a península. A tentativa liberal e nacionalista dos italianos tinha sido frustrada.
 
Alemanha

    A Alemanha, depois do Congresso de Viena, passara a constituir uma Confederação composta por numerosos estados, cuja política exterior era coordenada por uma Assembléia que se reunia em Frankfurt. A Prússia e a Áustria lideravam esta Confederação. Visando à maior integração entre os Estados germânicos foi criado, em 1834, o Zollverein, espécie de liga aduaneira que liberava a circulação de mercadorias nos territórios dos membros componentes, em torno da Prússia e sem a participação da Áustria. Esta política econômica estimulou o desenvolvimento industrial, que por sua vez acentuou o nacionalismo germânico, o desejo de independência e de união política. O mesmo aspecto liberal e nacionalista que vimos aparecer na Itália também se manifestava lá. Na Prússia, em 18 de março de 1848, verificou-se extraordinária manifestação popular diante do palácio real, provocando a reação das tropas. O movimento alastrou-se e Frederico Guilherme, rei da Prússia, teve de se humilhar prometendo uma Constituição ao povo insurgido. Vários Estados juntaram-se ao movimento, aproveitando a oportunidade para tentar a unificação política. Em março, reuniu-se em Frankfurt uma assembléia preparatória para um Parlamento representativo, que deveria iniciar seus trabalhos legislativos em maio. Os príncipes alemães aproveitaram-se da divisão entre os revolucionários para retomar o poder abalado. Em novembro de 1848, Berlim foi tomada e a Constituinte dissolvida pelo exército. O movimento liberal fora abafado. A Assembléia de Frankfurt decidiu eleger como imperador o rei da Prússia, que recusou por se considerar rei por vontade de Deus. Propôs, entretanto, aos príncipes alemães a criação de um império. A Áustria, em 1850, impôs à Prússia o recuo nesses projetos e em qualquer mudança da ordem existente.
   
Áustria
    O Império austríaco dos Habsburgos era muito heterogêneo. Estava com- posto por alemães, húngaros, tchecoslovacos, poloneses, rutenos, romenos, sérvios, croatas, eslovenos e italianos. Destes povos, somente os húngaros tinham certa autonomia. Os mais numerosos, húngaros e tchecos, conscientes de sua individualidade, buscavam reconhecimento imperial.
Os alemães da Áustria reclamavam contra o governo de Metternich. Insurgiram-se estudantes, burgueses e trabalhadores, forçando a queda do chanceler e a convocação de uma Assembléia Constituinte. Os eslavos seguiram o exemplo. Orientados por Palcky, convocaram uma reunião dos povos eslavos em Praga para 2 de junho. O congresso paneslavita foi dissolvido militarmente. Viena foi tomada, formando-se um governo absoluto após ter sido bombardeada, sendo implantado um regime de perseguição policial. 

                                                                                                                              Leonardo França

Cultura na Grecia Antiga

Introdução 
A Grécia Antiga é considerada pelos historiadores como uma civilização de grande esplendor cultural. Os gregos desenvolveram a filosofia, as artes, a tecnologia, os esportes e muito mais. Tamanha era a importância desta cultura, que os romanos, ao invadir a Península Balcânica, não resistiram e beberam nesta esplendida fonte cultural. Vejamos os principais elementos da cultura grega.
Artes Plásticas
Os gregos eram excelentes escultores, pois buscavam retratar o corpo humano em sua perfeição. Músculos, vestimentas, sentimentos e expressões eram retratados pelos escultores gregos. As artes plásticas da Grécia Antiga influenciaram profundamente a arte romana e renascentista.

Filosofia
A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante a o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana, os comportamentos e sentimentos. Podemos destacar como principais filósofos gregos Platão e Sócrates. Podemos citar também Tales de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo da Grécia Antiga.

Esportes
Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.

Mitologia
Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e lendas. As estórias eram transmitidas oralmente de geração para geração. A mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras mitológicas. Os mitos mais conhecidos são: Minotauro, Cavalo de Tróia, Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.

Teatro
Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga.

Democracia

A cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e livres) eram aqueles que podiam participar das votações que ocorriam na Ágora (praça pública). Decidiam, de forma direta, os rumos da cidade-estado. 

                                                                                                       Leonardo França

Periodo Populista (1946-1964)

       Ficou famoso na história do Brasil com o nome de República populista o período que separa as duas ditaduras que se estabeleceram no país durante todo o século XX. Este capítulo da história nacional, equivalente a quase 20 anos, indo de 1945 a 1964, produziu 10 presidentes entre eleitos legitimamente e interinos, sendo neste momento que se inicia verdadeiramente a industrialização do Brasil, abandonando de vez a velha estrutura agrária.
     A denominação de populista é resultado da visão de que o momento político foi dominado por personalidades geralmente classificadas como tal, ou seja, líderes que tinham por hábito buscar a simpatia e confiança da população, para então utilizar esta massa como instrumento político de manobra. Esta visão do período entre ditaduras não é unânime, tampouco o termo empregado para se destacar o período, pois outras forças além dos políticos populistas tiveram amplo espaço e poder, e até mesmo os comunistas durante algum tempo marcaram presença no cenário político da época.
O fato é que os principais líderes do período fazem até hoje parte do imaginário político e popular brasileiro, despertando carisma e repúdia com a mesma intensidade de um clube de futebol. Entre tais personalidades podemos citar Jânio Quadros, Adhemar de Barros, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, que no auge de suas carreiras moviam multidões apaixonadas pelas suas propostas de um Brasil grande e desenvolvido.
    Ao mesmo tempo que as ideias e projetos destes políticos carismáticos iam contagiando a população, o fantasma da inflação começava a fazer estragos na economia brasileira, uma consequência natural dos altos investimentos e apostas que se faziam na infraestrutura do país. Seu poder destruidor iria causar cada vez mais incerteza, ao mesmo tempo em que ia destruindo empregos, causando aumentos de preços constantes e desestruturando a ainda recém-implantada indústria brasileira. Em meio aos tumultos como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a dificuldade de Juscelino em tomar posse após eleito, em 1956, a presidência de pouco mais de sete meses apenas de Jânio Quadros, acabram por colocar a dita república populista num impasse. As forças conservadoras aos poucos iam se cansando de tais propostas, além do que, o populismo no Brasil ia cada vez mais à esquerda, recorrendo com mais intensidade às massas para obter apoio em momentos de dificuldade. Numa época em que a Guerra Fria estava ainda influenciando bastante as políticas dos países periféricos, a aproximação do populismo com as forças de esquerda serviu para mostrar à oposição que tal modelo político havia se exaurido, e que o que se seguiria era um regime de esquerda semelhante ao recém instalado em Cuba. Procurando evitar tal ameaça comunista, e com apoio externo norte-americano, militares de direita, com apoio de boa parte da classe média e da igreja católica à época, resolve por um fim naquilo que viam como uma “bagunça”, implantando então, o segundo período ditatorial no Brasil no século XX, agora uma ditadura militar de direita.
Foram presidentes durante o período da República populista:
  • José Linhares (1945-1946 – interino)
  • Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
  • Getúlio Vargas (1951-1954)
  • Café Filho (1954-1955)
  • Carlos Luz (1955 – interino)
  • Nereu Ramos (1955-1956 – interino)
  • Juscelino Kubitschek (1956-1961)
  • Jânio Quadros (1961)
  • Ranieri Mazilli (1961 – interino)
  • João Goulart (1961-1964)

                                                                                                                            Leonardo França