Olá, meus queridos seguidores!!


Bem vindos apaixonados pela História e pelos quadrinhos. Neste espaço iremos discutir a ciência histórica, mas, acima de tudo as curiosidades que fazem ela ser tão fascinante e maravilhosa.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Napoleão Bonaparte

Era Vargas(1930-1945)

Biografia
   Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.

Revolução de 1930 e entrada no poder
   Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo. Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações
   Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.

O Segundo Mandato
   Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.

O suicídio de Vargas
   Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida para entrar na História." Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

Conclusão
   Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

Carreira Política de Getúlio Vargas:
- 1909 - eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul
- 1913 - reeleito deputado estadual (renunciou no mesmo ano)
- 1917 - retornou à Assembléia Legislativa
- 1919 e 1921 - reeleito deputado estadual
- 1924 a 1926 - deputado federal
- 1926 a 1927 - Ministro da Fazenda
- 1928 a 1930 - Governador do Rio Grande do Sul
- 1930 a 1945 - Presidente do Brasil
- 1951 a 1954 - Presidente do Brasil

                                                                                                              Prof. Leo França

Período Napoleônico

Introdução

    A Era Napoleónica teve início em 1799 com o Golpe 18 de Brumário e caindo este império na data de 1815 com a Batalha de Waterloo na qual Napoleão é derrotado pelas tropas inglesas.
O Período Napoleónico pode fragmentar-se em três partes: o Consulado, o Império e o Governo dos Cem Anos.Durante o consulado foram criadas novas instituições, e houve uma recuperação económica, jurídica e administrativa.No período imperial, a França tornou-se um império e Napoleão consagrou-se imperador, vindo, mais tarde, a realizar uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para o seu país. Como símbolo das suas vitórias Napoleão construía monumentos como Arcos de Triunfo nos locais conquistados. O Império Francês estabeleceu o Bloqueio continental na tentativa de enfraquecer Inglaterra.
Napoleão acaba por ser derrotado pelos aliados mas não definitivamente pois volta a Paris e reconquista o poder iniciando o Governo dos Cem Dias. Posteriormente e desta vez de forma definitiva o Império Napoleónico cai quando tenta invadir a Bélgica. Após a queda do seu império Napoleão é exilado para a ilha de Santa Helena onde morre.

Biografia de Napoleão Bonaparte

   Napoleão Bonaparte (Napoléon Bonaparte), nascido em Ajaccio, Córsega, 15 de Agosto de 1769, falecido em Santa Helena, 5 de Maio de 1821, foi o dirigente efectivo da França a partir de 1799 e foi Imperador de França de 18 de Maio de 1804 a 6 de Abril de 1814, adoptando o nome de Napoleão I. Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante no cenário político mundial da época, já que esteve no poder da França por 15 anos e nesse tempo conquistou grandes partes do continente europeu. Os biógrafos afirmam que seu sucesso deu-se devido ao seu talento como estrategista, seu talento para entusiasmar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas, além de seu espírito de liderança.

Era Napoleónica

   A sociedade francesa estava a passar por um momento difícil com os processos revolucionários ocorridos no país, de um lado com a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as tradicionais monarquias europeias, que estavam a temer que os ideais revolucionários franceses se difundissem pelos seus reinos. O governo do Directório foi derrubado em França sob o comando de Napoleão, que junto com a burguesia, instituiu o "consulado", primeira fase do governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como golpe 18 de Brumário' (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de Novembro do calendário gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleão fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder. O fim do processo revolucionário na França, com o Golpe 18 de Brumário, marcou o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleónica.
Seu governo pode ser dividido em três partes:
  1. Consulado (1799-1804)
  2. Império (1804-1814)
  3. Governo dos Cem Dias (1815)

3. Consulado

   O governo do consulado de Napoleão foi instalado após a queda do Directório. O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e controlado pelos militares. No poder Executivo, havia três pessoas que eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais tinha força e poder no Executivo era Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República. Novas instituições foram criadas com a Constituição de Dezembro de 1799, com cunho democrático, eram criadas para disfarçar o seu centralismo no poder. As instituições criadas foram o Senado, Tribunal, Corpo Legislativo e o Conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa, pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administração era o primeiro-cônsul(Napoleão Bonaparte). Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais, os financistas e comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França. Os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade", da época da Revolução Francesa foram abandonados, e através da forte censura à imprensa e acção violenta de órgãos policiais, a oposição ao governo foi destruida.

Reforma dos sectores do governo francês

   Durante o período do consulado, uma recuperação económica, jurídica e administrativa ocorreu em França. Napoleão realizou diversos feitos em áreas diferentes durante este período.
Economia - o Banco da França foi criado, em 1800, controlando a emissão de moedas, reduzindo a inflação. As tarifas impostas eram proteccionistas (ou seja, com aumento de impostos para a importação de produtos estrangeiros), o resultado geral foi uma França com comércio e indústria fortalecidos, principalmente com os estímulos a produção e consumo interno.
Religião - com o objectivo de usar a religião como instrumento de poder político, Napoleão assinou um acordo, o Tratado (1801), entre a Igreja Católica e o Estado. O acordo sob aprovação do papa, dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de apoiar o clero. Napoleão reconhecia o catolicismo como a religião da maioria dos franceses, mas dava o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa.
Direito - o Código Napoleónico, um código civil, foi estabelecido, representando em grande parte interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei.
Educação - o ensino foi restaurado e a preferência foi a formação do cidadão francês. A educação pública foi reconhecida como importante meio de formação das pessoas, principalmente nos aspectos do comportamento moral, político e social.
Administração - pessoas da confiança de Napoleão eram indicadas aos cargos administrativos.
Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício em 1802, podendo indicar seu sucessor. Esta realização implicou na instituição de um regime monárquico.

2. Império

   A opinião pública foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleão, que levou à aprovação para a implantação definitiva do governo do Império. Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleónica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi reinstituído na França, e Napoleão foi declarado para ocupar o trono. Foi realizada uma festa em 2 de Dezembro de 1804 para formalizar a coroação do agora Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais marcantes da história ocorreu nesta noite, onde um acto surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que tinha viajado especialmente para a cerimónia, e ele mesmo se coroou, numa atitude para deixar claro que não toleraria alguma autoridade superior á dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina. Títulos de nobreza foram concedidos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza foi formada. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo.O Império Francês atingiu sua extensão máxima neste período, em torno de 1812, com quase toda Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população europeia da época.

Expansão territorial militar

   Neste período, Napoleão realizou uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para França. O exército francês aumentou o seu número de armas e combatentes, e tornou-se o mais poderoso de toda a Europa. Pensando que a expansão e o crescimento económico e militar da França era uma ameaça a Inglaterra, os diplomatas ingleses formaram coligações internacionais para se opor ao novo governo francês e ao seu expansionismo. Também acreditavam que o governo francês poderia influenciar países que estavam sob o sistema absolutista e assim causar uma revolta. A primeira coligação formada para deter os franceses era constituída pela: Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia. Em Outubro de 1805, os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra por mar, mas não tiveram sucesso, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson, batalha que ficou conhecida como Batalha de Trafalgar, firmando o império naval britânico. Ao contrário do fracasso com os ingleses, os franceses venceram os seus outros inimigos da coligação, como a Áustria, em 1805, na Batalha de Austerlitz, além da Prússia em 1806 e Rússia em 1807.

Bloqueio Continental

   Na busca de outras maneiras para derrotar ou enfraquecer os ingleses, o Império Francês impôs o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão impunha que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo as exportações do país e causando uma crise industrial. Um problema que afectou muitos países que participaram do Bloqueio continental era que a Inglaterra, que já tinha passado pela Revolução Industrial, estava com uma firme produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não possuíam produção industrial própria, e dependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrícolas. A França procurou-se beneficiar no Bloqueio continental com o aumento da venda dos produtos produzidos pelos produtores franceses, aumentando as exportações dentro da Europa e no mundo. A fraca quantidade de produtos manufacturados deixou alguns países sem recursos industriais.

Derrota francesa na Rússia

   Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia. Entra em Moscovo e, durante a retirada, o frio e a fome diminui grande parte do Exército francês. Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por sectores descontentes da burguesia e da antiga.

Invasão dos aliados na França e derrota de Napoleão

   Tem início então a luta da coalizão europeia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar.

1. Governo dos Cem Dias

O Tratado de Fontainebleau, de 1814, afasta Napoleão da ilha de Elba, de onde foge no ano a seguir. Desembarca na França com um Exército e reconquista o poder. Inicia então o Governo dos Cem Dias. A Europa reunida prossegue a sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em Junho de 1815, mas é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo e renuncia pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleónico.

Exílio em Santa Helena e morte

   Napoleão foi preso e então exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena em 15 de Outubro de 1815. Lá com um pequeno legado de seguidores, contava as suas lembranças e criticava aqueles que o capturaram. Quando faleceu, em 5 de Maio de 1821, suas últimas palavras foram: "França, o Exército, Josefina". Em 1955, através de documentos escritos, Napoleão apareceu descrito nos meses antes de sua morte, e levou muitos a concluir que ele foi morto por envenenamento com arsénio. O arsénio era usado antigamente como um veneno indetectável se aplicado a longo prazo. Em 2001, um estudo de Pascal Kintz, do Instituto Forense de Estrasburgo, na França, adicionou confiança a esta possibilidade com um estudo de um pedaço de cabelo preservado de Napoleão após sua morte: os níveis de arsénio encontrados em seu pedaço de cabelo eram de 7 a 38 vezes maiores do que o normal. Cortar os pedaços do cabelo em pequenos segmentos e analisar cada segmento oferece um histograma da concentração de arsénio no corpo. A análise do cabelo de Napoleão indica que doses altas mas não-letais foram absorvidas em intervalos aleatórios. O arsénio enfraqueceu Napoleão e permaneceu no seu sistema. Lá poderia ter reagido com mercúrio e outros elementos comuns em remédios da época, sendo a causa imediata de sua morte. Outros estudos também revelaram altas quantidades de arsénio presentes em outras amostras de cabelo de Napoleão tiradas em 1805, 1814 e 1821. Ivan Ricordel (chefe de toxicologia da Polícia de Paris), declarou que se o arsénio tivesse sido a causa da sua morte, ele teria morrido anos antes. O arsénio também era usado na época em papel de parede, como um pigmento verde, e até mesmo em alguns remédios, e os pesquisadores sugeriram que a fonte mais provável de todo este arsénio seja um tónico para o cabelo. Antes da descoberta dos antibióticos, o arsénio também era usado (sem efeito) no tratamento da sífilis, levando à especulação de que Napoleão poderia estar a sofrer de sífilis. A controvérsia continua.

                                                                                                                                    Prof. Leo França

India Antiga

Introdução  
   
   A invasão da Índia por tribos árias, por volta de 2000 ou 1500 a.C., inicia o período histórico propriamente dito. Os árias, povos nômades vindos do Iran, Ocuparam a região do Punjab e dominaram a já decadente civilização dos hindus, absorvendo-lhe numerosos elementos. Tem início então o Período Védico (c. 1500-c. 500 a.C.), narrado nos Vedas, hinos sagrados de diferentes épocas, escritos em sânscrito. O Rig-Veda descreve as lutas dos árias contra os drávidas, no Vale do Indus, proporcionando uma idéia sobre a vida e sociedade desse tempo; os três outros Vedas - Sama-Veda, Yajur-Veda e Atharva-Veda -, seguidos pelos Brahmanas Upanichades, narram a fase da conquista da Planície Indo-Gangética, quando, através da síntese ário-dravídica, surge o Hinduísmo, com sua sociedade dividida em castas e varnas ou ordens.
   O Período Védico se encerra no final do séc. VI a.C., quando surgiram novas ideologias e religiões que transformaram o ambiente intelectual do país. Entre os vários reformadores religiosos que pregaram novas orientações dentro do contexto do Hinduísmo, destacam-se Buda, filósofo e reformador social, e Mahavira (540-468 a.C.), último profeta jaina, que deu origem ao Jainismo. Tais pregações encontraram ambiente propício entre os magádicos, em franca prosperidade comercial.

Império Mauria

   Os persas, sob Ciro, o Grande, e Dario I, anexaram a região do Indus. Os gregos, com Alexandre Magno, ocuparam, de 327 a325 a.C., o Punjab e o Sind, anexando vários reinos hindus, como os de Taxila e Porus. O Império Mauria foi fundado por Chandragupta Mauria, que derrotou os filhos do rei Nanda e expulsou os gregos do Punjab, tornando-se senhor de Mágada. Deteve as invasões das forças de Séleuco, em 305 a.C., levando-as em bater em retirada. Chandragupta foi sucedido por seu filho Bindusara (298-c. 274 a.C), que expandiu e consolidou o Império, e por seu neto Asoka, o "rei monge", que dominou o Kalinga, ocupando toda a Índia, com exceção dos reinos de Chola e Pandya, do Sul. Asoka foi o maio e o mais famoso dos soberanos da Índia. Seus editos, gravados em rochas, mostram-no como adepto do Budismo. O Império Mauria não sobreviveu por muito tempo a Asoka. Não se sabe se seus sucessores governaram todo o império ou apenas partes dele. Finalmente, em c. 185 a.C., Pushyamitra, comandante militar, assassinou seu senhor, fundando a dinastia Sunga (185-72 a.C.).

Invasões Estrangeiras

   A queda do Império Mauria foi imediatamente seguida por uma série de invasões estrangeira procedentes do Oeste. Os primeiros invasores foram os gregos do Reino de Bactria, que, sob Demétrio II, ocuparam a parte oriental do Império Macedônio no início do séc. II a.C. Mas a resistência local acabou por confinar o domínio grego ao Punjab. Após a morte de Menandro, seu mais famoso governante, o reino helênico enfraqueceu-se gradualmente devido aos ataques dos sakas ou citas, deixando forte influência nos campos da Astronomia e da Escultura. Os citas, procedentes da Ásia Central, expulsaram os gregos da Bactria e, por volta de 80 a.C., exerciam o controle sobre o Punjab. Os citas, que inicialmente se associaram aos palavas, sofreram gradual processo de indianização e a dinastia por eles fundada durou até o final do séc. IV d.C., quando foi destruída pelos guptas. Os mais poderosos invasores dessa época, os kushans, antigos yueh-chih, derrotaram os citas, e sua Segunda dinastia teve em Kanishka o seu maior representante, grande defensor do Budismo.

Dinastias Nacionais

   Após os maurias, projetaram-se no Decan os andhras ou satavahanas, que alcançaram o apogeu no séc. II d.C. Adeptos do Budismo de protetores da literatura pra crítica, de forma vernácula, popular, os andhras apoderaram-se do Malwa e iniciaram longa luta contra os citas do Gujarat, cabendo a Vikramaditya derrotá-los. No Reino de Kalinga, Kharanvela, adepto do Jainismo, alconçou grande poderio, tendo combatido os andhras e tomado Pataliputra aos sungas. No sul permaneceram os reinos tâmiles e no Norte coube aos bharasivas derrotar os kushans e restabelecer o poder imperial. As dinastias nacionais restauraram a autoridade imperial e o sistema nacional ortodoxo, favorecendo o renascimento da cultura sanscrítica.

O Império Gupta e a Índia Clássica

   Após invasões estrangeiras, a história política do país conheceu um período de relativa obscuridade, situação que permaneceu até a ascensão de Chandragupta, fundador da Dinastia Gupta, em 320. Seu filho e sucessor Samudragupta (c. 340-380), que realizou conquistas no Norte e no Sul, foi grande protetor das artes e da Literatura. O Império Gupta alcançou seu apogeu sob Chandragupta II Vikramaditya, filho de Samudragupta, que expandiu mais ainda o império com a conquista do Reino Saka, de Ujjaim, e outros territórios. Após os reinados de Kumaragupta I e Skandagupta, o período imperial dos guptas terminou, embora a família tivesse continuado a governar com autoridade reduzida durante séculos. O império dividiu-se e surgiram novas dinastias.

Novas Invasões e as Rivalidades Dinásticas

   No início do séc. VI, os hunos brancos ou eftalitas conquistaram a maior parte do país. O chefe huno Toramana e seu filho Mihiragula mantiveram a supremacia até o final do reinado deste último, quando o gupto Baladitya repeliu os hunos no Ganges. Em 533, Yasodharman restabeleceu a supremacia hindu na Índia Ocidental. No séc. VII, Harshavardhana (606-647), de Thamesar, grande protetor das letras e adepto do Budismo, tentou constituir um império, obtendo êxito apenas na Índia Setentrional. Após a morte de Harshavardhana, o Norte do país subdividiu-se em diversos Estados, destacando-se os governantes das dinastias Pala, Sena, Rajpute, Chalukia e diversas outras. No Sul, além dos chalukias, predominaram os rashtrakutas, e no extremo sul, os três reinos tâmiles --- Chola, Pandya, e Chera --- foram tomados pelos palavas, cujo apogeu ocorreu em fins do séc. VI. Os palavas dominaram até o final do séc. IX, quando cederam lugar ao império dos cholas, os quais, sob Rajaraja I (985-1014) e seu filho Rajendra (1014-44), controlaram não apenas o sul da Índia e o Ceilão como enviaram uma expedição naval à Indonésia e Malaia (atual Maláisia).

Domínio Islâmico

   Primeiro Período. A expansão árabe na Índia iniciou-se com a conquista do Sind (712), mas somente consolidou-se após a ocupação da região hoje correspondente ao Afeganistão. Estabelecidos em Ghazni, no final do séc. X, escravos turcos começaram a realizar incursões no Punjab. Muhmud (971-1030) estendeu o domínio da Mesopotâmia ao Ganges e da Transoxiana aos desertos de Rajputana. Os descendentes de Muhmud foram expulsos de Ghazni por um poder muçulmano rival, os shansabanis de Ghor, e forçados a refugiarem-se no Punjab. A conquista efetiva veio com o Mahamed de Ghor, que derrotou definitivamente as forças hindus do soberano Rai Prithwiraj, de Delhi, na Batalha de Taraori (1192). Após o assassino de Muhamed (1206), um de seus generais, fundou a dinastia dos reis-escravos, de Delhi. Assim surgiu o Sultanato de Delhi, que durou até 1526, quando Babur lançou as bases do Império Mongol.


                                                                                                                                      Prof. Leo França

Civilizações pré-colombianas

     Antes da chegada dos europeus ao continente americano, duas grandes civilizações já se estabeleciam em diversas localidades dos territórios do “Novo Mundo”: as civilizações meso-americanas (astecas e maias) e as civilizações andinas (incas). A civilização asteca era estabelecida no território do atual México; juntamente com os Maias, fixados nas regiões da América Central; os Incas, que ocupavam as regiões adjacentes ao longo da Cordilheira dos Andes. Cada uma dessas civilizações era constituída de um verdadeiro mosaico de nações e tribos. Possuíam avançada organização política, econômica e social. Teoriza-se que tais civilizações tenham sido derivadas da migração dos mongóis asiáticos para tais regiões, dada a grande semelhança, inclusive, dos traços físicos comuns aos integrantes destes povos.
   As teorias dizem ainda que o povo mongol talvez tenha migrado da Ásia para a América através das geleiras do Estreito de Behring. Estas civilizações subsistiram até a chegada dos europeus, pelos quais foram dizimados devido à superioridade bélica e tecnológica europeia da época. A história cultural das civilizações meso-americanas pode ser dividida basicamente em três períodos principais: os períodos pré-clássico, clássico e pós-clássico. No período pré-clássico, a cultura dos olmecas foi a predominante. Já o período clássico assistiu o desenvolvimento da cultura Teotihuacán e dos Maias. O período pós-clássico foi marcado pelo militarismo e por impérios guerreiros: os Toltecas e os Astecas A civilização Olmeca perdurou aproximadamente de 1.200 até 200 a. C.. Esta civilização deixou como legado para as que a sucederam elementos de grande importância, como a escrita em hieroglifos. Artefatos produzidos pela cultura olmeca foram encontrados em todas as partes da América Central. Em tais artefatos observa-se o naturalismo e o simbolismo como elementos centrais da arte produzida por esse povo.
    A cultura Teothihuacán perdurou aproximadamente entre o período compreendido entre os anos 1 e 750 d. C.. A cidade de Teotihuacán é a possuidora de uma das mais intrigantes paisagens urbanas antigas das Américas. Tal cultura que aí se estabeleceu foi uma das mais influentes da América Central Pré-colombiana.  A civilização dos maias surgiu por volta de 1.000 anos a. C., estendendo-se, com seus últimos membros remanescentes, até o ano de 1697 d. C.. Algumas das características culturais dos maias são bastante peculiares: apesar de possuírem uma religião e uma cultura em comum, os membros do povo maia não possuíam uma única cidade-capital ou um único governante. Cada cidade possuía autonomia administrativa em relação às outras, sendo chefiadas individualmente por líderes da nobreza local. A religião constituía uma das questões centrais na vida de cada membro das comunidades maias. Tal aspecto levou os povos maias à construção de suntuosos templos sacrificiais em homenagem a seus deuses. Os toltecas tiveram sua existência situada entre o período que se estendeu de 900 a 1187 d. C.. A sociedade tolteca era eminentemente militarista e guerreira (aspecto verificado através das numerosas esculturas de representação de seus guerreiros), ao passo que, no campo das artes e da arquitetura, o povo tolteca é considerado um dos mais desenvolvidos em relação aos demais povos de sua contemporaneidade. Os toltecas, no período pós-clássico, exerceram grande influência no território correspondente aos maias.
    O império Asteca tinha como capital a cidade de Tenochtitlán. Tal cidade foi fundada em localidade que, segundo a mitologia asteca, fora indicada por seu deus tribal Huitzilopochtli. Segundo essa lenda, tal deus ordenou que seus adoradores encontrassem uma águia em cima de um cacto com uma serpente em seu bico. Este seria o sinal que teriam encontrado sua terra prometida. A cidade do México, hoje em dia, foi construída neste mesmo local. A lenda possui algum fundo de verdade: os astecas, anteriormente à fundação de sua capital, eram um povo nômade. Com relação aos povos andinos, a civilização Inca desenvolveu sua mais importante capital em 1438, nos altiplanos da Cordilheira dos Andes. Os incas desenvolveram seu domínio através de sucessivas conquistas de províncias adjacentes ao seus territórios, que foram assim incorporadas ao seu império. A manutenção destas províncias sob seu domínio foi possível dada a grande eficiência administrativa dos incas. De acordo com as esculturas que muito representaram os membros da sociedade incaica, pode-se observar que a tipologia média do homem inca possuía características comuns como a estatura baixa e a pele de tonalidade parda. Os incas eram grandes artesões do ouro, da prata e do cobre. Algumas esculturas em ouro representando figuras femininas foram encontradas junto a oferendas aos seus deuses.

Prof. Leo frança

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Segunda Guerra Mundial

Introdução : As causas da Segunda Guerra Mundial
   Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

O Início
    O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Consequências
    Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

bomba atômica Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima
  
   Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Você sabia?
- O dia 8 de maio é o Dia Mundial em memória dos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

Prof. Leo França

China

Introdução
Em decorrência das invasões sofridas, a China foi dividida em reinos feudais independentes no período compreendido entre os séculos III e IV. Neste tipo de reino, o rei desempenhava a função de chefe religioso e aos nobres cabia a responsabilidade de defender o território contra as invasões estrangeiras.

Dinastias Chinesas 
    Após um período de luta entre os principados, quando os nobres já se encontravam mais fortes do que o rei, deu-se início ao surgindo das primeiras dinastias chinesas. A primeira delas foi a Sui, que no ano de 580 consegui unificar os reinos. No ano de 618, esta dinastia foi substituída pela Tang, que teve como ponto marcante a contribuição significativa com o desenvolvimento cultural do povo chinês. 
   A dinastia Tang entra em declínio após ser derrotada pelos árabes no ano de 751, sendo substituída, em 907, pela dinastia Sung, que elevou o crescimento econômico e estimulou o desenvolvimento da cultura. Foi durante esta dinastia que a pólvora foi inventada.  Entre os anos de 907 e 960, a história da China foi marcada pela fragmentação política. Esta época ficou conhecida como o Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos. Nesta fase, a China se transformou num conjunto de vários estados.A partir da linha de pensamento do filósofo Confúcio, que defendia a idéia de que a natureza humana é boa, porém, é corrompida pelo uso indevido do poder, a política foi influenciada de tal forma que contribuiu com a unificação cultural da China. No período compreendido entre os anos de 1211 e 1215, os mongóis invadem a China e dão início ao seu império, que passa a ser dividido em 12 províncias; contudo, eles dão continuidade ao desenvolvimento alcançado pelo reino anterior. 
   Em 1368, a dinastia mongol é derrubada pela resistência interna, e, esta, assume o poder com o nome de dinastia Ming. Durante este período, foi realizada uma política que expandiu o território chinês para a Manchúria, Indochina e Mongólia. Entretanto, este reinado começa a cair em decorrência da chegada dos europeus, em 1516, e tem seu fim definitivo no ano de 1644, após a invasão manchu. Quando estudamos a China, não podemos deixar de estudar outros dois pontos importantes: O primeiro deles é o budismo, que teve forte influência nas manifestações artísticas chinesas como a literatura, a pintura e a escultura. O segundo é a Grande Muralha da China, que foi levantada, antes do século III A.C, com o propósito de defender os principados contra as invasões de seus inimigos. Foi reconstruída ente os séculos XV e XVI cruzando o país de leste a oeste.

Prof. Leo França